Exposição da gravadora Hannah Brandt, no Conjunto Cultural da Caixa, em Brasília, em exibição até 29 de agosto.
Trecho do texto de apresentação da exposição
O branco e o preto tem destino certo. Percebe-se exatamente a medida e o contraste de tudo: a luz brota do papel e nos ajuda a conhecer melhor a sua trajetória que, em uníssono, junta-se á sombra, criando atmosferas mágicas de força e emoção.
Nas décadas de 1970 e 1980 a cor instaura-se na obra da artista. Agora já senhora da sua arte, Hannah Brandt passeia com desenvoltura pelos temas que lhe são caros: tem ingresso os conjuntos do homem chamado Jó, a representante dos sete dias do Gêneses, os universos mitológicos do Candomblé, os portões, telhados e formações rochosas que progridem e nos atraem sem meios-termos. Curioso notar é que entre esse caleidoscópio vibrante de temas fica clara a intenção de deixar aparente os veios da madeira, estes se fundem ao trabalho e o complementam corporificando a cena. (…)
Paulo Leonel Gomes Vergolino, Curador
Junho de 2010